quinta-feira, 13 de maio de 2010

JAMIE O’BRIEN


Wave tools surf consertos JAMIE O’BRIEN Falso ou verdadeiro?
 
Como não ser um surfista morando em frente da onda mais conhecida do planeta? Jamie O’Brien nasceu com esse paradigma. Quando menino, ele não devia ficar assistindo à NBA ou à Liga de Futebol Americano, mas sim a Kelly Slater e Sunny Garcia entubando fundo em cima da bancada rasa e sinistra de Pipeline e Backdoor.
 
Seus poucos passos até a água, onde a maioria pensa duas vezes antes de entrar, são confiantes, afinal, ali é literalmente seu quintal de casa, onde milhares de vezes rumou, em qualquer época do ano e não apenas no inverno, à procura da diversão pura da infância.
 
Mas não pense que o havaiano branquelo e louro, boa praça, que nada se parece com seus conterrâneos morenos, que se dizem nativos e agem como maníacos, ficou nisso. Ele sempre quis mais. A procura pelo excêntrico, novo, o tornou um surfista diferente, uma mistura de clássico com vanguarda, uma possibilidade cada vez maior entre a nova geração de Oahu.
 
Jamie surfa como havaiano nas pesadas ondas do North Shore e como australiano nas perfeitas e similares ondas da Indonésia. Este mix o torna um dos mais completos surfistas do planeta. Sendo assim, fica difícil não imaginá-lo sendo paparicado em eventos da ASP, já que é idolatrado como um dos melhores do mundo. Só que ele rumou por outro caminha.
 
Patrocinadores tentaram que ele se adaptasse ao formato cruel e cansativo do Circuito Mundial. Mas não durou muito. Jamie não se interessou em ganhar ou perder, ou talvez tenha ficado puto de só perder. Disputando etapas do WQS, O’Brien amargou resultados pífios, ou seja, ele bem que tentou a sorte nas baterias, mas a falta de afinidade com o negocio o fez desistir de surfar ondas ruins, onde a maioria dos eventos acontece se pensarmos radicalmente. A partir daí, ele veio com o discurso de que queria inventar novas manobras, surfa com os amigos em viagens alucinantes, tudo aquilo que qualquer apreciador, como nós, também almeja.
 
Mas a grande contradição do havaiano surge exatamente no discurso e nas suas atitudes. Pra quem diz que não gosta de competição, só meio fake esta imagem de real freesurfer que o cara quer passar.
 
Jaime O’Brien passou a ser respeitado pelo mundo e conhecidos pelos fãs quando venceu o Pipe Masters, talvez o evento mais importante do nosso esporte. Sem contar as triagens em Teahupoo e até o próprio evento principal que ele todo ano marca ponto.
 
Independente da sua opção, O’Brien arrepia e acabou de faturar outro campeonato especial, só pra convidados, disputado em Padang Padang, Indonésia. Fonte: (Revista Fluir nº 288 – www.fluir.com.br)

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