terça-feira, 9 de março de 2010

WAIMEA


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WAIMEA . Conhecendo o pico: o mais importante é entender que Waimea é uma praia pequena, e quanto maior as ondas mais energia entra e se acumula na baia. Isso é importante para o surfista saber por onde entrar no mar. Antes de surfar um mar grande, é preciso traçar um plano. As ondas entram pelo canto direito, acompanhando as pedras até chegar à beira. Essa energia toda é sugada depois para fora, pelo lado esquerdo da praia. Quando for encarar um mar grande, o surfista deve entrar bem colado nas pedras, esperar a seria passar, e remar para frente em direção ao outside, pois será jogado para o lado automaticamente pela corrente. Para sair, o certo é tentar surfar a onda o maximo possível até a beira e sair pelo mesmo lugar que entrou. Se ficar no meio e tentar sair remando, será jogado para o shorebreak, um quebra-coco que fica gigante e extremamente tubular, explodindo na beira com violência. Se pegar uma onda e vier para aqui, o melhor é remar de volta para o outside e descer outra onda, surfando a espuma em direção ao canto direito. Outra opção é soltar a prancha e embolar com a onda até a areia. Você deve sempre aproveitar a própria energia do mar a seu favor para entrar e sair dele e nunca lutar contra.

Equipamento: em Waimea, a maioria dos big riders prefere ter uma prancha variando entre 9’6’’ e 10’ pés, mais largas e mais grossas, com mais área para facilitar a remada. Também é legal colocar mais peso, pois em ondas grandes pranchas muito leve não funcionam. . Como se posicionar no pico: o melhor posicionamento é ficar perpendicular á igreja, para fora da bolha. Quando o swell está de Norte, é possível descer a onda bem atrás da bolha. Se o swell for mais de oeste, o drop precisa ser feito para dentro da bolha, e a onda fica mais emparedada, às vezes roda um tubão.

Melhores condições: o ideal é um swell de Noroeste com 20 a 25 pés é a melhor condição. Acima de 25 pés já fica grande demais e pode começar a fechar a baia. Waimea é um lugar em que a onda pode até ser perfeita, mas o cenário não é, ninguém entra de cabelo seco nem sai do mar sem passar um pouco de sufoco. É como uma panela de pressão, quanto maiores as ondas, mais ela ferve. . A onda: com um swell pequeno, de 10 a 12 pés, você vai surfar o pico conhecido como Pinballs. Com 15 a 18 pés, já começa a quebrar um “baby” Waimea. Mas é quando a onda quebra atrás da bolha que estamos falando da verdadeira Waimea, normalmente acima de 20 pés.

Situações de risco: muitas vezes, as series vêm com seis ou oito ondas, e nem sempre as primeiras são as maiores. Por isso, não é aconselhado remar nelas, pois caso não consiga entrar pode ficar numa situação bem desagradável. Alem do esforço dispensado com a remada, não é fácil virar uma prancha acima de 9 pés, muito menos furar a espuma com ela. Se tomar a onda na cabeça, há duas opções: se quiser preservar a prancha, o melhor é soltar a cordinha e mergulhar o mais fundo que puder. Ou então, mantenha a cordinha presa e reze para não partir a prancha. Quando a vaca é inevitável, é importante saber se proteger. Junte os joelhos na barriga e proteja a cabeça com os braços. A velocidade é grande e a força da massa de água também, o que pode provocar lesões como torções, distensões, tímpanos estourados e choques com a prancha. . Palavras finais: a força do oceano no Hawaii é muito grande e pode surpreender até os mais gabaritados. Waimea é uma onda para surfistas experientes e bem preparados, tanto física como psicologicamente e com equipamentos adequados. Não desafie seus limites se não tiver certeza que tem capacidade para lidar com as consequências. Fonte: (Revista Fluir nº 279 – www.fluir.com.br)


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